A intervenção urbana do Coletivo Interiorizar reúne 43 fotografias produzidas por 21 fotógrafos. Como o próprio nome sugere é um verdadeiro retrato, literalmente, do isolamento imposto pelo COVID 19. Uma das organizadoras do Coletivo, Renata Ataíde, conta que foi proposto que os fotógrafos registassem diariamente cenas do cotidiano durante os primeiros dias 100 dias do isolamento.
A ideia era manter todos conectados e ativos, mesmo com o distanciamento. “O resultado são fotografias repletas de sentimentos. Imagens que dizem muito sobre a ansiedade, a espera, o ócio, as descobertas e reencontros, da conexão interior vivenciada nos dias em que nos vimos obrigados a nos recolher para nossas casas”, afirma.
Uma experiência inédita diante da situação atípica que a sociedade está vivendo em 2020. Para Maria Ribeiro, a exposição vai apresentar ao público o olhar reflexivo dos fotógrafos acerca da simplicidade pouco notada do dia-a-dia. “Percebi que o que vivemos foi tão grande e forte que transcendeu as grades das nossas casas e ganhou as ruas da cidade. Desejo que a nossa arte possa tocar o coração de cada pessoa que por ali passar”, declara.